tag:blogger.com,1999:blog-53502673392689528912024-03-13T17:18:25.802+00:00X - CETERASHoc opus, hic labor est!Prof. FMhttp://www.blogger.com/profile/05112010793883589436noreply@blogger.comBlogger27125tag:blogger.com,1999:blog-5350267339268952891.post-39875732503605827892010-02-22T11:44:00.004+00:002010-02-22T12:01:54.138+00:00ADOPTA-ME!<div align="justify"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_s55XyCRp2Hg/S4Ju693VSeI/AAAAAAAABM0/O-rTnio48oU/s1600-h/raf.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 190px; FLOAT: left; HEIGHT: 300px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5441033259135093218" border="0" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_s55XyCRp2Hg/S4Ju693VSeI/AAAAAAAABM0/O-rTnio48oU/s320/raf.jpg" /></a></div><div align="justify"> </div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Olá amigos! </span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"><br />Sou um jovem rafeiro que precisa urgentemente de dono.<br />Sou um <em>gentleman!</em> Muito meigo, asseado e sociável com gatos!<br /><br />Vou estar à espera do vosso contacto em:</span><br /><br /><span style="color:#cc0000;"><strong><span style="font-family:arial;font-size:130%;">teresamaldonadosousa@yahoo.com<br />telef: 914684392 (noite)</span> </strong><br /><strong></strong></span><br /><span style="font-family:arial;">Até já!</span></div>Prof. FMhttp://www.blogger.com/profile/05112010793883589436noreply@blogger.com40tag:blogger.com,1999:blog-5350267339268952891.post-29767762359772406032009-10-08T22:38:00.000+01:002009-10-08T22:40:21.293+01:00No comments...<a href="http://4.bp.blogspot.com/_s55XyCRp2Hg/Ss5cCWQ-GQI/AAAAAAAABEM/k1lgQj60POo/s1600-h/escola.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 378px; DISPLAY: block; HEIGHT: 233px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5390346999415314690" border="0" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_s55XyCRp2Hg/Ss5cCWQ-GQI/AAAAAAAABEM/k1lgQj60POo/s320/escola.jpg" /></a><br /><div></div>Prof. FMhttp://www.blogger.com/profile/05112010793883589436noreply@blogger.com63tag:blogger.com,1999:blog-5350267339268952891.post-89573068163177417182009-09-09T10:50:00.008+01:002009-09-09T11:17:08.418+01:00Miguel Sousa Tavares<a href="http://2.bp.blogspot.com/_s55XyCRp2Hg/Sqd7wOtokSI/AAAAAAAAA-U/XRiRvFfwsRI/s1600-h/3%5B1%5D.gif"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5379404348430782754" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 160px; CURSOR: hand; HEIGHT: 162px" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_s55XyCRp2Hg/Sqd7wOtokSI/AAAAAAAAA-U/XRiRvFfwsRI/s320/3%5B1%5D.gif" border="0" /></a><br /><div><span style="font-family:arial;"><em>Expresso (Segunda-feira, 29 de Jun de 2009 )</em></span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">"Segunda-feira passada, a meio da tarde, faço a A-6, em direcção a Espanha e na companhia de uma amiga estrangeira; quarta-feira de manhã, refaço o mesmo percurso, em sentido inverso, rumo a Lisboa.Tanto para lá como para cá, é uma auto-estrada luxuosa e fantasma. Em contrapartida, numa breve incursão pela estrada nacional, entre Arraiolos e Borba, vamos encontrar um trânsito cerrado, composto esmagadoramente por camiões de mercadorias espanhóis.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Vinda de um país onde as auto-estradas estão sempre cheias, ela está espantada com o que vê:</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- É sempre assim, esta auto-estrada?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Assim, como?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Deserta, magnífica, sem trânsito?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- É, é sempre assim.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Todos os dias?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">-Todos, menos ao domingo, que sempre tem mais gente.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Mas, se não há trânsito, porque a fizeram?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">-Porque havia dinheiro para gastar dos Fundos Europeus, e porque diziam que o desenvolvimento era isto.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- E têm mais auto-estradas destas?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Várias e ainda temos outras em construção: só de Lisboa para o Porto, vamos ficar com três. Entre S. Paulo e o Rio de Janeiro, por exemplo, não há nenhuma: só uns quilómetros à saída de S. Paulo e outros à chegada ao Rio. Nós vamos ter três entre o Porto e Lisboa: é a aposta no automóvel, na poupança de energia, nos acordos de Quioto, etc. - respondi, rindo-me.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- E, já agora, porque é que a auto-estrada está deserta e a estrada nacional está cheia de camiões?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Porque assim não pagam portagem.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- E porque são quase todos espanhóis?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Vêm trazer-nos comida.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Mas vocês não têm agricultura?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Não: a Europa paga-nos para não ter. E os nossos agricultores dizem que produzir não é rentável.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Mas para os espanhóis é?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Pelos vistos...</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Ela ficou a pensar um pouco e voltou à carga:</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Mas porque não investem antes no comboio?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Investimos, mas não resultou.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Não resultou, como?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Houve aí uns experts que gastaram uma fortuna a modernizar a linha Lisboa-Porto, com comboios pendulares e tudo, mas não resultou.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Mas porquê?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Olha, é assim: a maior parte do tempo, o comboio não 'pendula'; e, quando 'pendula', enjoa de morte. Não há sinal de telemóvel nem Internet, não há restaurante, há apenas um bar infecto e, de facto, o único sinal de 'modernidade' foi proibirem de fumar em qualquer espaço do comboio. Por isso, as pessoas preferem ir de carro e a companhia ferroviária do Estado perde centenas de milhões todos os anos.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- E gastaram nisso uma fortuna?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Gastámos. E a única coisa que se conseguiu foi tirar 25 minutos às três horas e meia que demorava a viagem há cinquenta anos...</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Estás a brincar comigo!</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Não, estou a falar a sério!</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- E o que fizeram a esses incompetentes?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Nada. Ou melhor, agora vão dar-lhes uma nova oportunidade, que é encherem o país de TGV: Porto-Lisboa, Porto-Vigo, Madrid-Lisboa... e ainda há umas ameaças de fazerem outro no Algarve e outro no Centro.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Mas que tamanho tem Portugal, de cima a baixo?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Do ponto mais a norte ao ponto mais a sul, 561 km.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Ela ficou a olhar para mim, sem saber se era para acreditar ou não.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Mas, ao menos, o TGV vai directo de Lisboa ao Porto?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Não, pára em várias estações: de cima para baixo e se a memória não me falha, pára em Aveiro, para os compensar por não arrancarmos já com o TGV deles para Salamanca; depois, pára em Coimbra para não ofender o prof. Vital Moreira, que é muito importante lá; a seguir, pára numa aldeia chamada Ota, para os compensar por não terem feito lá o novo aeroporto de Lisboa; depois, pára em Alcochete, a sul de Lisboa, onde ficará o futuro aeroporto; e, finalmente, pára em Lisboa, em duas estações.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Como: então o TGV vem do Norte, ultrapassa Lisboa pelo sul, e depois volta para trás e entra em Lisboa?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Isso mesmo.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- E como entra em Lisboa?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Por uma nova ponte que vão fazer.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Uma ponte ferroviária?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- E rodoviária também: vai trazer mais uns vinte ou trinta mil carros todos os dias para Lisboa.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Mas isso é o caos, Lisboa já está congestionada de carros!</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Pois é.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- E, então?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Então, nada. São os especialistas que decidiram assim.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Ela ficou pensativa outra vez. Manifestamente, o assunto estava a fasciná-la.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Arial;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- E, desculpa lá, esse TGV para Madrid vai ter passageiros? Se a auto-estrada está deserta...</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Não, não vai ter.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Não vai? Então, vai ser uma ruína!</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Não, é preciso distinguir: para as empresas que o vão construir e para os bancos que o vão capitalizar, vai ser um negócio fantástico! A exploração é que vai ser uma ruína - aliás, já admitida pelo Governo - porque, de facto, nem os especialistas conseguem encontrar passageiros que cheguem para o justificar.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- E quem paga os prejuízos da exploração: as empresas construtoras?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Naaaão! Quem paga são os contribuintes! Aqui a regra é essa!</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- E vocês não despedem o Governo?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Talvez, mas não serve de muito: quem assinou os acordos para o TGV com Espanha foi a oposição, quando era governo...</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Que país o vosso! Mas qual é o argumento dos governos para fazerem um TGV que já sabem que vai perder dinheiro?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Dizem que não podemos ficar fora da Rede Europeia de Alta Velocidade.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- O que é isso? Ir em TGV de Lisboa a Helsínquia?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- A Helsínquia, não, porque os países escandinavos não têm TGV.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Como? Então, os países mais evoluídos da Europa não têm TGV e vocês têm de ter?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- É, dizem que assim entramos mais depressa na modernidade.Fizemos mais uns quilómetros de deserto rodoviário de luxo, até que ela pareceu lembrar-se de qualquer coisa que tinha ficado para trás:</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- E esse novo aeroporto de que falaste, é o quê?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- O novo aeroporto internacional de Lisboa, do lado de lá do rio e a uns 50 quilómetros de Lisboa.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Mas vocês vão fechar este aeroporto que é um luxo, quase no centro da cidade, e fazer um novo?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- É isso mesmo. Dizem que este está saturado.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Não me pareceu nada...</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Porque não está: cada vez tem menos voos e só este ano a TAP vai cancelar cerca de 20.000. O que está a crescer são os voos das low-cost, que, aliás, estão a liquidar a TAP.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Mas, então, porque não fazem como se faz em todo o lado, que é deixar as companhias de linha no aeroporto principal e chutar as low-cost para um pequeno aeroporto de periferia? Não têm nenhum disponível?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Temos vários. Mas os especialistas dizem que o novo aeroporto vai ser um hub ibérico, fazendo a trasfega de todos os voos da América do Sul para a Europa: um sucesso garantido.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- E tu acreditas nisso?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Eu acredito em tudo e não acredito em nada. Olha ali ao fundo: sabes o que é aquilo?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Um lago enorme! Extraordinário!</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Não: é a barragem de Alqueva, a maior da Europa.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Ena! Deve produzir energia para meio país!</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Praticamente zero.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- A sério? Mas, ao menos, não vos faltará água para beber!</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- A água não é potável: já vem contaminada de Espanha.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Já não sei se estás a gozar comigo ou não, mas, se não serve para beber, serve para regar - ou nem isso?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Servir, serve, mas vai demorar vinte ou mais anos até instalarem o perímetro de rega, porque, como te disse, aqui acredita-se que a agricultura não tem futuro: antes, porque não havia água; agora, porque há água a mais.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Estás a dizer-me que fizeram a maior barragem da Europa e não serve para nada?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Vai servir para regar campos de golfe e urbanizações turísticas, que é o que nós fazemos mais e melhor. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Apesar do sol de frente, impiedoso, ela tirou os óculos escuros e virou-se para me olhar bem de frente:</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Arial;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Desculpa lá a última pergunta: vocês são doidos ou são ricos?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Antes, éramos só doidos e fizemos algumas coisas notáveis por esse mundo fora; depois, disseram-nos que afinal éramos ricos e desatámos a fazer todas as asneiras possíveis cá dentro; em breve, voltaremos a ser pobres e enlouqueceremos de vez.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Ela voltou a colocar os óculos de sol e a recostar-se para trás no assento. E suspirou:</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Bem, uma coisa posso dizer: há poucos países tão agradáveis para viajar como Portugal! Olha-me só para esta auto-estrada sem ninguém!"</span></div>Prof. FMhttp://www.blogger.com/profile/05112010793883589436noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5350267339268952891.post-59985441559381144782009-05-29T17:42:00.001+01:002009-05-29T17:43:52.033+01:00VISIONÁRIO...<a href="http://2.bp.blogspot.com/_s55XyCRp2Hg/SiAQg5_47AI/AAAAAAAAA-E/jGRJHBn7XKE/s1600-h/e%C3%A7a.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5341287315572059138" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 364px; CURSOR: hand; HEIGHT: 250px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_s55XyCRp2Hg/SiAQg5_47AI/AAAAAAAAA-E/jGRJHBn7XKE/s320/e%C3%A7a.jpg" border="0" /></a><br /><div></div>Prof. FMhttp://www.blogger.com/profile/05112010793883589436noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5350267339268952891.post-5834807295458489012009-03-28T12:05:00.002+00:002009-03-28T12:14:58.797+00:00PARA RIR...SE NÃO FOSSE TÃO SÉRIO...<div align="justify"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_s55XyCRp2Hg/Sc4UFECcO1I/AAAAAAAAA9c/AV5A2maw8HM/s1600-h/75438-Cartoon_Character_Screensaver.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5318210287187016530" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 226px; CURSOR: hand; HEIGHT: 169px" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_s55XyCRp2Hg/Sc4UFECcO1I/AAAAAAAAA9c/AV5A2maw8HM/s320/75438-Cartoon_Character_Screensaver.jpg" border="0" /></a> <span style="font-family:arial;">"Se a crise global continuar, para o fim do ano somente dois bancos ficarão operacionais: o Banco de Sangue e o Banco de Esperma! </span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Mais tarde estes dois bancos serão fundidos, internacionalizados e passarão a chamar-se: </span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"><strong>"The Bloody Fu......... Bank!"</strong></span><br /></div>Prof. FMhttp://www.blogger.com/profile/05112010793883589436noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5350267339268952891.post-3920200731876697782009-03-19T19:58:00.003+00:002009-03-19T20:18:05.970+00:00O ESTADO EM QUE ISTO ESTÁ!<div align="justify"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_s55XyCRp2Hg/ScKllUg7eUI/AAAAAAAAA9E/xmznaYdgOF8/s1600-h/einsteen.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5314992570831173954" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 230px; CURSOR: hand; HEIGHT: 202px" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_s55XyCRp2Hg/ScKllUg7eUI/AAAAAAAAA9E/xmznaYdgOF8/s320/einsteen.bmp" border="0" /></a> <strong><span style="font-family:arial;">Um dia destes, vão ser os paizinhos a ir parar ao hospital com um pontapé e um murro das criancinhas no olho esquerdo.</span></strong></div><p align="justify"><span style="font-family:arial;"><strong>A</strong> criancinha quer Playstation. A gente dá.<br />A criancinha quer estrangular o gato. A gente deixa.<br />A criancinha berra porque não quer comer a sopa. A gente elimina-a da ementa e acaba tudo em festim de chocolate.<br />A criancinha quer bife e batatas fritas. Hambúrgueres muitos. Pizzas, umas tantas. Coca-Colas, às litradas. A gente olha para o lado e ela incha.<br />A criancinha quer camisola adidas e ténis nike. A gente dá porque a criancinha tem tanto direito como os colegas da escola e é perigoso ser diferente.<br />A criancinha quer ficar a ver televisão até tarde. A gente senta-a ao nosso lado no sofá e passa-lhe o comando.<br />A criancinha desata num berreiro no restaurante. A gente faz de conta e o berreiro continua.<br />Entretanto, a criancinha cresce. Faz-se projecto de homem ou mulher.</span><span style="font-family:arial;"><br /><strong>Desperta.</strong><br />É então que a criancinha, já mais crescida, começa a pedir mesada, semanada, diária. E gasta metade do orçamento familiar em saídas, roupa da moda, jantares e bares.<br />A criancinha já estuda. Às vezes passa de ano, outras nem por isso. Mas não se pode pressioná-la porque ela já tem uma vida stressante, de convívio em convívio e de noitada em noitada.<br />A criancinha cresce a ver Morangos com Açúcar, cheia de pinta e tal, e torna-se mais exigente com os papás. Agora, já não lhe basta que eles estejam por perto. Convém que se comecem a chegar à frente na mota, no popó e numas férias à maneira.</span></p><span style="font-family:Arial;"></span><span style="font-family:arial;"><p align="justify"><br />A criancinha, entregue aos seus desejos e sem referências, inicia o processo de independência meramente informal. A rebeldia é de trazer por casa. Responde torto aos papás, põe a avó em sentido, suja e não lava, come e não limpa, desarruma e não arruma, as tarefas domésticas são «uma seca».<br />Um dia, na escola, o professor dá-lhe um berro, tenta em cinco minutos pôr nos eixos a criancinha que os papás abandonaram à sua sorte, mimo e umbiguismo. A criancinha, já crescidinha, fica traumatizada. Sente-se vítima de violência verbal e etc e tal.<br />Em casa, faz queixinhas, lamenta-se, chora. Os papás, arrepiados com a violência sobre as criancinhas de que a televisão fala e na dúvida entre a conta de um eventual psiquiatra e o derreter do ordenado em folias de hipermercado, correm para a escola e espetam duas bofetadas bem dadas no professor «que não tem nada que se armar em paizinho, pois quem sabe do meu filho sou eu».<br />A criancinha cresce. Cresce e cresce. Aos 30 anos, ainda será criancinha, continuará a viver na casa dos papás, a levar a gorda fatia do salário deles. Provavelmente, não terá um emprego. «Mas ao menos não anda para aí a fazer porcarias».</p><p align="justify"><br />Não é este um fiel retrato da realidade dos bairros sociais, das escolas em zonas problemáticas,<br />das famílias no fio da navalha?<br />Pois não, bem sei. Estou apenas a antecipar-me. Um dia destes, vão ser os paizinhos a ir parar ao hospital com um pontapé e um murro das criancinhas no olho esquerdo. E então teremos muitos congressos e debates para nos entretermos.<br /></p><p align="right"><span style="font-size:85%;">A DEVIDA COMÉDIA</span></p><p align="right"><span style="font-size:85%;">Miguel Carvalho</span></p></span><p align="justify"><span style="font-family:arial;"></p><div align="justify"><br /></div></span>Prof. FMhttp://www.blogger.com/profile/05112010793883589436noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5350267339268952891.post-65551259891849200882009-03-13T13:12:00.003+00:002009-03-13T13:36:43.953+00:00SEXTA FEIRA 13 - A PANÓPLIA DE CULTURAS<a href="http://1.bp.blogspot.com/_s55XyCRp2Hg/SbphC23lPVI/AAAAAAAAA8c/JkxgEZQCQKs/s1600-h/ERY0CAH0XV79CA9RTFAYCAZ448QQCAKOKFMOCAQ7WN0FCAFZCWMYCA58KW33CA073ID1CAHG4I0WCA341MKDCAU0VP7TCAVMNWSICAIV1MFLCA502IOBCAGQIL62CAJQUKSVCAMSZNYVCA4O37AYCATVBAMH.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5312665412153195858" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 106px; CURSOR: hand; HEIGHT: 130px" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_s55XyCRp2Hg/SbphC23lPVI/AAAAAAAAA8c/JkxgEZQCQKs/s320/ERY0CAH0XV79CA9RTFAYCAZ448QQCAKOKFMOCAQ7WN0FCAFZCWMYCA58KW33CA073ID1CAHG4I0WCA341MKDCAU0VP7TCAVMNWSICAIV1MFLCA502IOBCAGQIL62CAJQUKSVCAMSZNYVCA4O37AYCATVBAMH.jpg" border="0" /></a> <span style="font-family:arial;">"Superstição" vem do latim superstitio, que significa "o excesso", ou também "o que resta e sobrevive de épocas passadas". </span><br /><p align="justify"><span style="font-family:arial;">Em qualquer acepção, designa "o que é alheio à atualidade, o que é velho". Transposto para a linguagem religiosa dos romanos, o vocábulo "superstitio" veio a designar a observância de cultos arcaicos, populares, não mais condizentes com as normas da religião oficial.</span><span style="font-family:arial;"><br /></p></span><p align="justify"><br />O número 13 é tido ora como sinal de infortúnio, ora de bom agouro.<br /><br />Símbolo de desgraça, já que 13 eram os convivas da última ceia de Cristo, e dentre eles, Jesus que morreu na sexta-feira foi, conseqüentemente, ligada ao horror que o número 13 provocava nas gerações cristãs. Por isso, muitas pessoas evitam viajar em sexta-feira 13; a numeração dos camarotes de teatro omite, por vezes, o 13; em alguns hotéis não há o quarto de número 13 - este é substituído pelo 12-a. </p><br /><p align="justify">Muitos prédio pulam do 12º para o 14º andar temendo que o 13º traga azar. Há pessoas que pensam que participar de um jantar com 13 pessoas traz má sorte porque uma delas morrerá no período de um ano. A sexta-feira 13 é considerada como um dia de azar, e toma-se muito cuidado quanto às atividades planejadas para este dia. </p><br /><p align="justify"><br />Como se vê, a crença na má sorte do número 13 parece ter tido sua origem na Sagrada Escritura. Esse testemunho, porém, é tão arbitrariamente entendido que o mesmo algarismo, em vastas regiões do planeta - até em países cristãos - é, estimado como símbolo de boa sorte.</p><p align="justify"><br />O argumento dos otimistas se baseia no fato de que o 13 é um número afim ao 4 (1 + 3 = 4), sendo este símbolo de próspera sorte. </p><br /><p align="justify">Assim, na <span style="color:#cc0000;"><strong>Índia</strong></span> o 13 é um número religioso muito apreciado; os pagodes hindus apresentam normalmente 13 estátuas de Buda. </p><br /><p align="justify">Na <span style="color:#ffff00;"><strong>China</strong></span>, não raro os dísticos místicos dos templos são encabeçados pelo número 13. </p><br /><p align="justify">Também os <span style="color:#663300;"><strong>mexicanos</strong></span> primitivos consideravam o número 13 como algo santo; adoravam, por exemplo, 13 cabras sagradas. </p><br /><p align="justify">Reportando-nos agora à civilização cristã, lembramos que nos <span style="color:#cccccc;"><strong>Estados Unidos</strong></span> o número 13 goza de estima, pois 13 eram os Estados que inicialmente constituíam a Federação norte-americana. </p><br /><p align="justify">Além disso, o lema latino da Federação, "Et pluribus unum" (de muitos se faz um só), consta de 13 letras; a águia norte-americana está revestida de 13 penas em cada asa.</p><p align="justify"><br />Além da justificativa cristã, existem 2 outras lendas que explicam a superstição. </p><br /><p align="justify">Uma Lenda diz que na Escandinava existia uma deusa do amor e da beleza chamada Friga (que deu origem a friadagr, sexta-feira). Quando as tribos nórdicas e alemãs se converteram ao cristianismo, a lenda transformou Friga em uma bruxa exilada no alto de uma montanha. Para vingar-se, ela passou a reunir-se todas as sextas com outras onze bruxas e mais o demônio - totalizando treze - para rogar pragas sobre os humanos. Da Escandinava a superstição se espalhou pela Europa.</p><p align="justify"><br />A outra lenda é da mitologia nórdica. No valha, a morada dos deuses, houve um banquete para o qual foram convidados doze divindades. Loki o espírito do mal e da discórdia, apareceu sem ser chamado e armou uma briga em que morreu o favorito dos deuses. Este episódio serviu para consolidar o relato bíblico da última ceia, onde havia treze à mesa, às vésperas da morte de Cristo. Daí veio a crendice de que convidar 13 pessoas para um jantar era desgraça na certa. </p><span style="font-family:arial;"><p align="justify">É caso para dizer <em>cada cabeça sua sentença!</em></span></p>Prof. FMhttp://www.blogger.com/profile/05112010793883589436noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5350267339268952891.post-20529071249793305232009-01-28T21:44:00.010+00:002009-01-28T22:05:43.512+00:00The Weeping Song<a href="http://2.bp.blogspot.com/_s55XyCRp2Hg/SYDVhYc-ZEI/AAAAAAAAA8U/GpP4bwn3IOg/s1600-h/0UFYo4MrvJ4X.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5296467931264083010" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 240px; CURSOR: hand; HEIGHT: 238px" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_s55XyCRp2Hg/SYDVhYc-ZEI/AAAAAAAAA8U/GpP4bwn3IOg/s320/0UFYo4MrvJ4X.jpg" border="0" /></a><span style="font-family:arial;">Go son, go down to the water</span><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">And see the women weeping there</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Then go up into the mountains</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">The men, they are weeping too.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Father, why are all the women weeping?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">They all are weeping for their men</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Then why are all the men there weeping?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">They are weeping back at them.</span></div><div align="justify"><span style="color:#6600cc;"><span style="font-family:arial;">This is a weeping song</span><br /></span></div><div align="justify"><span style="color:#6600cc;"><span style="font-family:arial;">A song in which to weep</span><br /><span style="font-family:arial;">While all the men and women sleep.</span><br /><span style="font-family:arial;">This is a weeping song</span><br /><span style="font-family:arial;">But I won't be weeping long.</span></span><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Father why are all the children weeping?</span><br /><span style="font-family:arial;">They are merely crying son.</span><br /><span style="font-family:arial;">O, are they merely crying father?</span><br /><span style="font-family:arial;">Yes, true weeping is yet to come.</span><br /><span style="color:#6600cc;"><span style="font-family:arial;">This is a weeping song</span><br /><span style="font-family:arial;">A song in which to weep</span><br /><span style="font-family:arial;">While all the little children sleep.</span><br /><span style="font-family:arial;">This is a weeping song</span><br /><span style="font-family:arial;">But I won't be weeping long.</span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">O father tell me are you weeping?</span><br /><span style="font-family:arial;">Your face seems wet to touch.</span><br /><span style="font-family:arial;">O then I'm so sorry father</span><br /><span style="font-family:arial;">I never thought I hurt you so much.</span></div><div align="justify"><span style="color:#6600cc;"><span style="font-family:arial;">This is a weeping song</span><br /></span></div><div align="justify"><span style="color:#6600cc;"><span style="font-family:arial;">A song in which to weep</span><br /></span></div><div align="justify"><span style="color:#6600cc;"><span style="font-family:arial;">While we rock ourselves to sleep.</span><br /></span></div><div align="justify"><span style="color:#6600cc;"><span style="font-family:arial;">This is a weeping song</span><br /></span></div><div align="justify"><span style="color:#6600cc;"><span style="font-family:arial;">But I won't be weeping long</span><br /></span></div><div align="justify"><span style="color:#6600cc;"><span style="font-family:arial;">No. I won't be weeping long </span><br /></span><span style="font-family:arial;"><span style="font-size:85%;"> Nick Cave</span></span></div>Prof. FMhttp://www.blogger.com/profile/05112010793883589436noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5350267339268952891.post-53524541524965452922009-01-21T00:23:00.005+00:002009-01-21T00:38:11.731+00:00Sad but beautiful...<a href="http://3.bp.blogspot.com/_s55XyCRp2Hg/SXZtoTjF-0I/AAAAAAAAA7g/vmRmAEgWGEI/s1600-h/girlgrave.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5293538951230257986" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 239px" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_s55XyCRp2Hg/SXZtoTjF-0I/AAAAAAAAA7g/vmRmAEgWGEI/s320/girlgrave.jpg" border="0" /></a><span style="font-family:arial;">Do not stand at my grave and weep,</span><br /><span style="font-family:arial;">I am not there, I do not sleep.</span><br /><span style="font-family:arial;"></span><br /><span style="font-family:arial;">I am a thousand winds that blow.</span><br /><span style="font-family:arial;">I am the diamond glint on snow.</span><br /><span style="font-family:arial;">I am the sunlight on ripened grain.</span><br /><span style="font-family:arial;">I am the gentle autumn rain.</span><br /><span style="font-family:arial;"></span><br /><span style="font-family:arial;">When you wake in the morning hush,</span><br /><span style="font-family:arial;">I am the swift, uplifting rush </span><br /><span style="font-family:arial;">Of quiet birds in circling flight.</span><br /><span style="font-family:arial;">I am the soft starlight at night.</span><br /><span style="font-family:arial;"></span><br /><span style="font-family:arial;"></span><br /><span style="font-family:arial;">Do not stand at my grave and weep.</span><br /><span style="font-family:arial;">I am not there, I do not sleep.</span><br /><span style="font-family:arial;">Do not stand at my grave and cry.</span><br /><span style="font-family:arial;">I am not there, I did not die!<br /><br /></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;"> Mary Frye (1932)</span></span>Prof. FMhttp://www.blogger.com/profile/05112010793883589436noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5350267339268952891.post-74819689334011544562008-11-29T13:46:00.011+00:002008-11-29T14:23:08.135+00:00Saber Viver<div align="justify"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_s55XyCRp2Hg/STFL9K_JfAI/AAAAAAAAA3g/GCIbq9L1GPY/s1600-h/amar_e_viver_03.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5274080152920882178" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 249px; CURSOR: hand; HEIGHT: 157px" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_s55XyCRp2Hg/STFL9K_JfAI/AAAAAAAAA3g/GCIbq9L1GPY/s320/amar_e_viver_03.jpg" border="0" /></a> <span style="font-family:arial;">"(...) </span><span style="font-family:arial;">Eis a ideologia criminosa que se instalou definitivamente nas sociedades modernas: a vida não é para ser vivida - mas construída com sucessos pessoais e profissionais, uns atrás dos outros, em progressão geométrica para o infinito. É preciso o emprego de sonho, a casa de sonho, o maridinho de sonho, os amigos de sonho, as férias de sonho, os restaurantes de sonho.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Arial;"></span></div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Não admira que, até 2020, um terço da população mundial esteja a mamar forte no Prozac. É a velha história da cenoura e do burro: quanto mais temos, mais queremos. Quanto mais queremos, mais desesperamos. A meritocracia gera uma insatisfação insaciável que acabará por arrasar o mais leve traço de humanidade. O que não deixa de ser uma lástima.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Se as pessoas voltassem a ler os clássicos, sobretudo Montaigne, saberiam que o fim último da vida não é a excelência, mas sim a felicidade!"</span></div><br /><br /><div align="right"><span style="font-family:arial;font-size:85%;">João Pereira Coutinho , jornalista</span></div><div align="right"> </div><div align="right"><span style="font-family:arial;font-size:85%;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;font-size:85%;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"><strong><em>Mas</em></strong> ou <strong><em>e</em></strong>, acrescento eu, sem saber bem...</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Arial;"></span> </div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-family:Arial;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">"Sem a loucura que é o homem</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Mais que a besta sadia,</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Cadáver adiado que procria?"</span></div><div align="right"><span style="font-family:arial;font-size:85%;"></span></div><div align="right"><span style="font-family:arial;font-size:85%;">Fernando Pessoa</div></span>Prof. FMhttp://www.blogger.com/profile/05112010793883589436noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5350267339268952891.post-76613843274750905142008-11-25T13:39:00.001+00:002008-11-25T14:01:02.709+00:00"Que vos sirva de confusão se não vos servir de emenda"!<object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/4s4va-rMymk&hl=pt-br&fs=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/4s4va-rMymk&hl=pt-br&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object>Prof. FMhttp://www.blogger.com/profile/05112010793883589436noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5350267339268952891.post-30174219213025418132008-10-26T16:41:00.001+00:002008-10-26T16:43:11.035+00:00INFELIZMENTE... SEMPRE ACTUAL.<a href="http://4.bp.blogspot.com/_s55XyCRp2Hg/SQSeAp9vZ3I/AAAAAAAAAss/HhwMPm5y0D0/s1600-h/aborto.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5261503998777583474" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 205px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_s55XyCRp2Hg/SQSeAp9vZ3I/AAAAAAAAAss/HhwMPm5y0D0/s320/aborto.jpg" border="0" /></a><br /><div></div>Prof. FMhttp://www.blogger.com/profile/05112010793883589436noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5350267339268952891.post-38815184946544850152008-10-20T22:57:00.006+01:002008-10-20T23:09:52.523+01:00Objectivos... Não vos faz lembrar nada?!<div align="justify"><span style="font-family:arial;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_s55XyCRp2Hg/SPz_Gccd9MI/AAAAAAAAAhg/zkO35gWpTFs/s1600-h/Game1.jpg"><span style="font-family:arial;"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5259358951041791170" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_s55XyCRp2Hg/SPz_Gccd9MI/AAAAAAAAAhg/zkO35gWpTFs/s320/Game1.jpg" border="0" /></span></a>Era uma vez uma aldeia onde viviam dois Homens que tinham o mesmo nome: Joaquim Gonçalves. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Um era sacerdote e o outro, taxista. </span><span style="font-family:arial;">Quis o destino que ambos morressem no mesmo dia. Quando chegaram ao céu, São Pedro esperava-os. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Arial;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- O teu nome? </span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Joaquim Gonçalves. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- És o sacerdote? </span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Não, o taxista. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Arial;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">São Pedro consulta as suas notas e diz: </span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Bom, ganhaste o paraíso. Levas esta túnica com fios de ouro e este ceptro de platina com incrustações de rubis. Podes entrar. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Então, perguntou ao outro: </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Arial;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- O teu nome? </span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Joaquim Gonçalves. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- És o sacerdote? </span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Sim, sou eu mesmo. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Muito bem, meu filho, ganhaste o paraíso. Levas esta bata de linho e este ceptro de ferro. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Arial;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">O sacerdote diz: </span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Desculpe, mas deve haver engano. Eu sou o Joaquim Gonçalves, o sacerdote! </span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Sim, meu filho, ganhaste o paraíso. Levas esta bata de linho e... </span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Não pode ser! Eu conheço o outro senhor. Era taxista, vivia na minha aldeia e era um desastre! Subia os passeios, batia com o carro todos os dias, conduzia pessimamente e assustava as pessoas. Nunca mudou, apesar das multas e repreensões policiais. E quanto a mim, passei 75 anos pregando todos os domingos na paróquia. Como é que ele recebe a túnica com fios de ouro e eu... isto? </span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Não é nenhum engano - diz São Pedro. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Aqui no céu, estamos a fazer uma gestão mais profissional, como a que vocês fazem lá na Terra. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Não entendo! </span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Eu <span style="color:#cccccc;">explico. Agora orientamo-nos por objectivos. É assim: </span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"><span style="color:#cccccc;"></span></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"><span style="color:#cccccc;">Durante os últimos anos, cada vez que tu pregavas, as pessoas dormiam. E cada vez que ele conduzia o táxi, as pessoas começavam a rezar. </span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Arial;color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"></div><ul><li><div align="justify"><span style="font-family:arial;"><span style="color:#cc0000;"><strong>Resultados! Percebeste? Gestão por Objectivos! </strong></span></span></div></li><li><div align="justify"><span style="font-family:arial;"><span style="color:#cc0000;"><strong>O que interessa são os resultados, a forma de lá chegar é completamente secundária!!!<br /></div></li></ul></strong></span></span>Prof. FMhttp://www.blogger.com/profile/05112010793883589436noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5350267339268952891.post-22468500305433594252008-10-08T23:52:00.007+01:002008-10-11T19:50:52.336+01:00A EDUCAÇÃO DE HOJE...<p align="center"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5254925640085202786" style="CURSOR: hand" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_s55XyCRp2Hg/SO0_ByJe52I/AAAAAAAAAhI/ggIMEMYsB6w/s320/restelo.jpg" border="0" /></p><span style="font-family:arial;">"Sr. Engº José Sócrates, </span><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Antes de mais, peço desculpa por não o tratar por Excelência nem porPrimeiro-Ministro, mas, para ser franca, tenho muitas dúvidas quantoao facto de o senhor ser excelente e, de resto, o cargo deprimeiro-ministro parece-me, neste momento, muito pouco dignificado. </span><br /><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Também queria avisá-lo de antemão que esta carta vai ser longa, mas penso que não haverá problema para si, já que você é do tempo em que oensino do Português exigia grandes e profundas leituras. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Ainda pensei em escrever tudo por tópicos e com abreviaturas, mas julgo que lhe faz bem recordar o prazer de ler um texto bem escrito, com princípio, meioe fim, e que, quiçá, o faça reflectir (passe a falta de modéstia). </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Gostaria de começar por lhe falar do 'Magalhães'. Não sobre os erros ortográficos, porque a respeito disso já o seu assessor deve terrecebido um e-mail meu. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Queria falar-lhe da gratuitidade, dainconsequência, da precipitação e da leviandade com que o senhorengenheiro anunciou e pôs em prática o projecto a que chama dee-escolinha. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">O senhor fala em Plano Tecnológico e, de facto, eu tenho visto atecnologia, mas ainda não vi plano nenhum. Senão, vejamos a cronologiados factos associados ao projecto 'Magalhães': </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">No princípio do mês de Agosto, o senhor engenheiro apareceu natelevisão a anunciar o projecto e-escolinhas e a sua ferramenta: oportátil Magalhães. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">No dia 18 de Setembro (quinta-feira) ao fim do dia, o meu filho trazna mochila um papel dirigido aos encarregados de educação, com apenasquatro linhas de texto informando que o 'Magalhães' é um projecto do Governo e que, dependendo do escalão de IRS, o seu custo pode variar entre os zero e os 50 euros. Mais nada! Seguia-se um formulário comespaço para dados como nome do aluno, nome do encarregado de educação, escola, concelho, etc. e, por fim, a oportunidade de assinalar, com uma cruzinha, se pretendemos ou não adquirir o 'Magalhães'.</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">No dia 22 de Setembro (segunda-feira), ao fim do dia, o meu filho traz um novo papel, desta vez uma extensa carta a anunciar a visita,no dia seguinte, do primeiro-ministro para entregar os primeiros 'Magalhães' na EB1 Padre Manuel de Castro. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Novamente uma explicação respeitante aos escalões do IRS e ao custo dos portáteis. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">No dia 23 de Setembro (terça-feira), o meu filho não traz mais papéis, traz um 'Magalhães' debaixo do braço. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Ora, como é fácil de ver, tudo aconteceu num espaço de três dias úteis em que as famílias não tiveram oportunidade de obter esclarecimentossobre a futura utilização e utilidade do 'Magalhães'. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Às perguntas que colocámos à professora sobre o assunto, ela não soube responder.</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Reunião de esclarecimento, nunca houve nenhuma. Portanto, explique-me, senhor engenheiro: o que é que o seu Governopensou para o 'Magalhães'? Que planos tem para o integrar nas aulas?Como vai articular o seu uso com as matérias leccionadas? </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Sabe, é que 50 euros talvez seja pouco para se gastar numa ferramenta de trabalho,mas, decididamente, e na minha opinião, é demasiado para se gastar num brinquedo. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Por favor, senhor engenheiro, não me obrigue a concluir que acabei de pagar por uma inutilidade, um capricho seu, uma manobra de campanha eleitoral, um espectáculo de fogo de artifício do qual só sobra fumo e o fedor intoxicante da pólvora. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Seja honesto com os portugueses e admita que não tem plano nenhum.</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Admita que fez tudo tão à pressa que nem teve tempo de esclarecer asescolas e os professores. E não venha agora dizer-me que cabe aos paisaproveitarem esta maravilhosa oportunidade que o Governo lhes deu eensinarem os filhos a lidar com as novas tecnologias. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">O seu projecto chama-se e-escolinha, não se chama e-familiazinha! </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Faça-lhe jus!</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Ponha a sua equipa a trabalhar, mexa-se, credibilize as suas iniciativas! </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Uma coisa curiosa, senhor engenheiro, é que tudo parece conspirar aseu favor nesta sua lamentável obra de empobrecimento do ensinoassente em medidas gratuitas. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Há dias arrisquei-me a ver um episódio completo da série Morangos com Açúcar. Por coincidência, apanhei precisamente o primeiro episódio danova série que significa, na ficção, o primeiro dia de aulas daquelamiudagem. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Ora, nesse primeiro dia de aulas, os alunos conheceram a suaprofessora de matemática e o seu professor de português. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">As imagens sucediam-se alternando a aula de apresentação de matemática por contraposição à de português. Enquanto a professora de matemática escrevia do quadro os pressupostos da sua metodologia - disciplina,rigor e trabalho - o professor de português escrevia no quadro os pressupostos da sua - emoção, entrega e trabalho. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Ora, o que me fazespécie, senhor engenheiro, é que a personagem da professora de matemática é maldosa, agressiva e antiquada, enquanto que o professorde português é um tipo moderno e bué de fixe. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Então, de acordo com osprincípios do raciocínio lógico, se a professora de matemática é maldosa e agressiva e os seus pressupostos são disciplina e rigor,então a disciplina e o rigor são coisas negativas. Por outro lado, seo professor de português é bué de fixe, então os pressupostos da emoção e da entrega são perfeitos. E de facto era o que se via.</span><br /><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Enquanto que na aula de matemática os alunos bufavam, entediados, naaula de português sorriam, entusiasmados. Disciplina e rigor aparecem, assim, como conceitos inconciliáveis comemoção e entrega, e isto é a maior barbaridade que eu já vi na minha vida. </span><br /><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Digo-o eu, senhor engenheiro, que tenho uma profissão que vive das emoções, mas onde o rigor é 'obstinado', como dizem os poetas. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Eu já percebi que o ensino dos dias de hoje não sabe conciliar estes dois lados do trabalho. E, não o sabendo, optou por deixar de lado a disciplina e o rigor. </span><br /><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Os professores são obrigados a acreditar quepara se fazer um texto criativo não se pode estar preocupado com oserros ortográficos. E que para se saber fazer uma operação aritméticanão se pode estar preocupado com a exactidão do seu resultado. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Era oque faltava, senhor engenheiro! </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Agora é o momento em que o senhor engenheiro diz de si para si: masesta mulher é um Velho do Restelo, que não percebe que os temposmudaram e que o ensino tem que se adaptar a essas mudanças? </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Percebo,senhor engenheiro. Então não percebo? </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Mas acontece que o que o senhor engenheiro está a fazer não é adaptar o ensino às mudanças, você estáa esvaziá-lo de sentido e de propósitos. Adaptar o ensino seria afinar as metodologias por forma a torná-las mais cativantes aos olhos de uma geração inquieta e voltada para o imediato. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Mas nunca diminuir, </span><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">nunca desvalorizar, </span><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">nunca reduzir ao básico, </span><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">nunca baixar a bitola até ao nível da mediocridade. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Mas, por falar em Velho do Restelo... </span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Li, há dias, numa entrevista com uma professora de Literatura Portuguesa, que o episódio do Velho do Restelo foi excluído do estudo d'Os Lusíadas. Curioso, porque este era o episódio que punha tudo em causa, que questionava, que analisava por outra perspectiva, que éalgo que as crianças e adolescentes de hoje em dia estão pouco habituados a fazer. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Sabem contrariar, é certo, mas não sabem questionar. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">São coisas bem diferentes: contrariar tem o seu quê de gratuito; questionar tem tudo de filosófico. Para contrariar, basta bater o pé. </span><br /><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Para questionar, é preciso pensar. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Tenho pena, porque no meu tempo (que não é um tempo assim tãodistante), o episódio do Velho do Restelo, juntamente com os de Inêsde Castro e da Ilha dos Amores, era o que mais apaixonava e empolgavaa turma. Eram três episódios marcantes, que quebravam a monotonia dodiscurso de engrandecimento da nação e que, por isso, tinham o mérito de conseguir que os alunos tivessem curiosidade em descodificar as suas figuras de estilo e desbravar o hermetismo da linguagem. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Ainda hoje me lembro exactamente da aula em que começámos a ler o episódio de Inês de Castro e lembro-me das palavras da professora Lídia, espicaçando-nos, estimulando-nos, obrigando-nos a pensar. </span><span style="font-family:arial;">E foi há 20 anos. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Bem sei que vivemos numa era em que a imagem se sobrepõe à palavra,mas veja só alguns versos do episódio de Inês de Castro, veja queperfeita e inequívoca imagem eles compõem: </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;color:#ff0000;"><em><strong>'Estavas, linda Inês, posta em sossego,</strong></em></span><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;color:#ff0000;"><em><strong>De teus anos colhendo doce fruito,</strong></em></span><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;color:#ff0000;"><em><strong>Naquele engano d'alma ledo e cego,</strong></em></span><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;color:#ff0000;"><em><strong>Que a fortuna não deixa durar muito (...)' </strong></em></span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Feche os olhos, senhor engenheiro, vá lá, feche os olhos. </span><br /><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Não conseguever, perfeitamente desenhado e com uma nitidez absoluta, o rostobranco e delicado de Inês de Castro, os seus longos cabelos soltos pelas costas, o corpo adolescente, as mãos investidas num qualquer bordado, o pensamento distante, vagueando em delícias proibidas no leito do príncipe? </span><br /><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Não vê os seus olhos que de vez em quando escapam às linhas do bordado e vão demorar-se na janela, inquietos de saudade,à espera de ver D. Pedro surgir a galope na linha do horizonte? E agora, se se concentrar bem, não vê uma nuvem negra a pairar sobre ela, não vê o prenúncio do sangue a escorrer-lhe pelos fios de cabelo?</span><br /><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Não consegue ver tudo isto apenas nestes quatro versos? </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Pois eu acho estes quatro versos belíssimos, de uma simplicidadearrebatadora, de uma clareza inesperada. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">É poesia, senhor engenheiro,é poesia! </span><br /><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Da mais nobre, grandiosa e magnífica que temos na nossa História. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Não ouse menosprezá-la. Não incite ninguém a desrespeitá-la. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Bem, admito que me perdi em divagações em torno da Inês de Castro. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">O que eu queria mesmo era tentar perceber porque carga de água o Velho do Restelo desapareceu assim. Será precisamente por estimular adiferença de opiniões, por duvidar, por condenar? </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Sabe, não tarda muito, o episódio da Ilha dos Amores será também excluído dos conteúdos programáticos por 'alegado teor pornográfico' e o de Inês de Castro igualmente, por 'incitamento ao adultério e ao desrespeito pelaautoridade'. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Como é, senhor engenheiro? </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Voltamos ao tempo do 'lápix' azul? </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">E já agora, voltando à questão do rigor e da disciplina, da entrega e da emoção: o senhor engenheiro tem ideia de quanta entrega e de quanta emoção Luís de Camões depôs na sua obra? </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">E, por outro lado, o senhor engenheiro duvida da disciplina e do rigor necessários à sua concretização? São centenas e centenas de páginas, em dezenas decapítulos e incontáveis estrofes com a mesma métrica, o mesmo tipo de rima, cada palavra escolhida a dedo... o que implicou tudo isto senão uma carga infinita de disciplina e rigor? </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Senhor engenheiro José Sócrates: vejo que acabo de confiar o meu filho ao sistema de ensino onde o senhor montou a sua barraca de circo e não me apetece nada vê-lo transformar-se num palhaço. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Bem, também não quero ser injusta consigo. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">A verdade é que as coisas já começarama descarrilar há alguns anos, mas também é verdade que você está a sobrealimentar o crime, com um tirinho aqui, uma facadinha ali, uma desonestidade acolá. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Lembro-me bem da época em que fiz a minha recruta como jornalista e das muitas vezes em que fui cobrir cerimónias e eventos em que você participava. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Na altura, o senhor engenheiro era Secretário de Estado do Ambiente e andava com a ministra Elisa Ferreira por esse Portugal fora, a inaugurar ETAR's e a selar aterros. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Também o vi a plantar árvores, com as suas próprias mãos. E é por isso que me dói que agora, mais de dez anos depois, você esteja a dar cabo das nossas sementes e a tornar estéreis os solos que deveriam ser férteis. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Sabe, é que eu tenho grandes sonhos para o meu filho. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Não, não me refiro ao sonho de que ele seja doutor ou engenheiro. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Falo do sonho deque ele respeite as ciências, tenha apreço pelas artes, almeje a sabedoria e valorize o trabalho. Porque é isso que eu espero da escola. O resto é comigo. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Acho graça agora a ouvir os professores dizerem sistematicamente aos pais que a família deve dar continuidade, em casa, ao trabalho que a escola faz com as crianças. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Bem, se assim fosse eu teria que ensinar o meu filho a atirar com cadeiras à cabeça dos outros e a escrever asr edacções em linguagem de sms. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Não. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Para mim, é o contrário: a escola é que deve dar continuidade ao trabalho que eu faço com o meu filho. Acho que se anda a sobrevalorizar o papel da escola. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">No meu tempo, a escola tinha apenas a função de ensinar e fazia-o com competência e rigor. Mas nos dias que correm, em que os pais não têm tempo nem disposição para educar os filhos, exige-se à escola que forme o seu carácter e ocupe todo o seu tempo livre. Só que infelizmente ela temcumprido muito mal esse papel. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">A escola do meu tempo foi uma boa escola. </span><br /><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Hoje, toda a gente sabe que a minha geração é uma geração de empreendedores, de gente criativa e com capacidade iniciativa, que arrisca, que aposta, que ambiciona. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">E não é disso que o país precisa? </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Bem sei que apanhámos os bons ventos da adesão à União Europeia e dos fundos e apoios que daí advieram, mas isso por si só não bastaria, não acha? E é de facto curioso: tirando o Marco cigano, que abandonou a escola muito cedo, e a Fatinha que andava sempre com ranhoca no nariz e tinha que tomar conta de três irmãos mais novos, todos os meus colegas da primária fizeram alguma coisa pela vida. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Até a Paulinha, que era filha da empregada (no meutempo dizia-se empregada e não auxiliar de acção educativa, mas, curiosamente, o respeito por elas era maior), apesar de se ter ficado pelo 9º ano, não descansou enquanto não abriu o seu próprio Pão Quentee a ele se dedicou com afinco e empenho. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">E, no entanto, levámos reguadas por não sabermos de cor as principais culturas das ex-colónias e éramos sujeitos a humilhação pública por cada erro ortográfico. </span><br /><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Traumatizados? Huuummm... não me parece. </span><br /><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Na verdade,senhor engenheiro, tenho um respeito e uma paixão pela escola tais que, se tivesse tempo e dinheiro, passaria o resto da minha vida a estudar. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Às vezes dá-me para imaginar as suas conversas com os seus filhos (nem sei bem se tem um ou dois filhos...) e pergunto-me se também é válido para eles o caos que o senhor engenheiro anda a instalar por aí.</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Parece que estou a ver o seu filho a dizer-lhe: ó pai, estou com dificuldade em resolver este sistema de três equações a três incógnitas... dás-me uma ajuda? </span><br /><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">E depois, vejo-o a si a responder coma sua voz de homilia de domingo: não faz mal, filho... sabes escrevero teu nome completo, não sabes? Então não te preocupes, é perfeitamente suficiente... </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Vendo as coisas assim, não lhe parece criminoso o que você anda a fazer? E depois, custa-me que você apareça em praça pública acompanhado da sua Ministra da Educação, que anda sempre com aquele ar de infeliz, de quem comeu e não gostou, ambos com o discurso hipócrita do mérito dos professores e do sucesso dos alunos, apoiados em estatísticas cuja real interpretação, à luz das mudanças que você operou, nos apresenta uma monstruosa obscenidade. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Ofende-me, sabe? Ofende-me por me tomar por estúpida. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Aliás, a sua Ministra da Educação é uma das figuras mais desconcertantes que eu já vi na minha vida. </span><br /><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">De cada vez que ela fala, tenho a sensação que está a orar na missa de sétimo dia do sistema de ensino e que o que os seus olhos verdadeiramente dizem aos pais deste Portugal é apenas 'os meus sentidos pêsames'. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Não me pesa a consciência por estar a escrever-lhe esta carta. (...)</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Bem, não me vou estender mais, até porque já estou cansada de repetir 'senhor engenheiro para cá', 'senhor engenheiro para lá'. </span><br /><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">É que o meu marido também é engenheiro e tenho receio de lhe ganhar cisma. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Esta carta não chegará até si. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Vou partilhá-la apenas e só com os meus E-leitores (sim, sim, eu também tenho os meus eleitores) e talvez só por causa disso eu já consiga hoje dormir melhor. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Quanto a si, tenho dúvidas. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Para terminar, tenho um enorme prazer em dedicar-lhe, aqui, uma estrofe do episódio do Velho do Restelo. Para que não caia no esquecimento. Nem no seu, nem no nosso. </span><br /><br /></div><div align="justify"><span style="color:#ff6600;"><span style="font-family:arial;"><em><strong>'A que novos desastres determinas</strong></em></span><br /></span></div><div align="justify"><span style="color:#ff6600;"><span style="font-family:arial;"><em><strong>De levar estes Reinos e esta gente?</strong></em></span><br /></span></div><div align="justify"><span style="color:#ff6600;"><span style="font-family:arial;"><em><strong>Que perigos, que mortes lhe destinas,</strong></em></span><br /></span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;color:#ff6600;"><em><strong>Debaixo dalgum nome preminente?</strong></em></span></div><div align="justify"><span style="color:#ff6600;"><span style="font-family:arial;"><em><strong>Que promessas de reinos e de minas</strong></em></span><br /></span></div><div align="justify"><span style="color:#ff6600;"><span style="font-family:arial;"><em><strong>De ouro, que lhe farás tão facilmente?</strong></em></span><br /></span></div><div align="justify"><span style="color:#ff6600;"><em><strong><span style="font-family:arial;">Que famas lhe prometerás? </span><span style="font-family:arial;">Que histórias?</span></strong></em><br /></span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;color:#ff6600;"><em><strong><span style="color:#ff6600;">Que triunfos? Que palmas? Que vitórias? '</span> </strong></em></span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Atenciosamente e ao abrigo do artigo nº 37 da Constituição da República Portuguesa, </span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Uma mãe preocupada.</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Nota: o artigo 37º é sobre a liberdade de</span> expressão. "</span> </div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;">(Recebido por e-mail, autoria desconhecida)</span></div>Prof. FMhttp://www.blogger.com/profile/05112010793883589436noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-5350267339268952891.post-91148001239065381422008-09-27T00:47:00.004+01:002008-10-06T23:05:51.102+01:00O GÉNIO DA "GÉNIA"!<a href="http://4.bp.blogspot.com/_s55XyCRp2Hg/SN11JGt4B-I/AAAAAAAAAd8/9nuMVlmOZno/s1600-h/lamparina.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5250481539866167266" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" height="160" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_s55XyCRp2Hg/SN11JGt4B-I/AAAAAAAAAd8/9nuMVlmOZno/s400/lamparina.bmp" width="415" border="0" /></a> <div></div>Prof. FMhttp://www.blogger.com/profile/05112010793883589436noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5350267339268952891.post-58371025886862760362008-09-03T17:55:00.003+01:002008-09-03T18:02:35.541+01:00O CICLO DA VIDA<div align="justify"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_s55XyCRp2Hg/SL7Bv8N6LOI/AAAAAAAAAdk/TuCTkF1qdk0/s1600-h/Phi-Criacao-do-Homem-Michel.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5241840045668314338" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_s55XyCRp2Hg/SL7Bv8N6LOI/AAAAAAAAAdk/TuCTkF1qdk0/s200/Phi-Criacao-do-Homem-Michel.jpg" border="0" /></a><span style="font-family:arial;">Eis a explicação da vida. No primeiro dia, Deus criou a vaca. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">E Deus disse:<br /><br />"Tens que ir para o campo com o agricultor durante todo o dia e sofrer debaixo do sol, e dar leite para sustentar o agricultor. Eu dar-te-ei uma vida de 60 anos."<br />A vaca disse:<br />"É uma vida dura que tu queres que eu viva durante 60 anos. Dá-me somente 20 e eu devolvo-te os outros 40". E Deus concordou. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">No segundo dia, Deus criou o cão. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">E Deus disse: </span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">"Senta-te todo o dia perto da porta da tua casa e ladra para qualquer pessoa que entre ou que passe por perto. Eu dar-te-ei 20 anos de vida. " </span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">O cão disse: "Isso é muito tempo para estar a ladrar. Dá-me somente 10 e eu devolvo-te os outros 10". Deus concordou. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">No terceiro dia, Deus criou o macaco. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">E Deus disse : </span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">"Distrai as pessoas, faz truques de macaco e fá-los rir muito. Eu Dar-te-ei 20 anos de vida." </span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">O macaco disse: "Que cansativo, truques de macaco durante 20 anos!? Acho que não. O cão devolveu-te 10 anos e é o que eu vou fazer também, ok?" Deus concordou. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">No quarto dia, Deus criou o Homem. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">E Deus disse: </span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">"Come, dorme, brinca, faz sexo, diverte-te. Não faças nada, simplesmente diverte-te. Eu dar-te-ei 20 anos de vida". </span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">O Homem disse: "O quê!? Só 20 anos? Nem pensar! Vamos fazer o seguinte: eu fico com os 40 anos que a vaca devolveu, com os 10 do cão e os 10 do macaco. Isso faz 80. Pode ser?" </span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">"Ok" - respondeu-lhe Deus. "Negócio fechado." </span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">É por isso que durante os primeiros 20 anos comemos, dormimos, brincamos, praticamos sexo, divertimo-nos e não fazemos nada. Os 40 anos seguintes, sofremos ao sol para sustentar a nossa família, os 10 seguintes fazemos figura de macaco para entreter os nossos netos, e os últimos 10 anos sentamo-nos na varanda e ladramos a toda a gente. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Está explicada a vida!</span> <a href="http://www.smileycentral.com/?partner=ZSzeb001_ZSYYYYYYYYPT" target="_blank"><img height="83" alt="Caveman" src="http://smileys.smileycentral.com/cat/15/15_8_212.gif" width="83" border="0" /></a> </div>Prof. FMhttp://www.blogger.com/profile/05112010793883589436noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5350267339268952891.post-40671864351759897332008-08-31T23:30:00.004+01:002008-08-31T23:49:02.259+01:00SIGNOS... O QUE SÃO...<div align="justify"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_s55XyCRp2Hg/SLse2ppx1_I/AAAAAAAAAdc/H3dZYN9x59k/s1600-h/994signos1.jpg"><span style="font-family:arial;"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5240816515618559986" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_s55XyCRp2Hg/SLse2ppx1_I/AAAAAAAAAdc/H3dZYN9x59k/s320/994signos1.jpg" border="0" /></span></a><span style="font-family:arial;"> Zodíaco: do grego, ‘’zoon’’, o animal, é uma faixa imaginária do firmamento celeste que inclui as órbitas aparentes da Lua e dos planetas Mercúrio, Vénus, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Neptuno e o ex planeta Plutão. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">As divisões do zodíaco representam constelações na astronomia e signos na astrologia.</span></div><span style="font-family:arial;"><div align="justify"><br />Os Signos do Zodíaco ou Signos zodiacais são cada uma das doze constelações que se localizam na faixa do Zodíaco. </div><div align="justify"><br />Cada uma dessas constelações influenciam o destino e o carácter daqueles que nascem em cada período do ano correspondente a um signo.</div><div align="justify"><br />Os signos são regidos por seres no universo, que podem ser planetas, estrelas e até a Lua. Entre estes seres, estão: Marte, Vénus, Mercúrio, Lua, Sol, Júpiter, Saturno, Úrano e Neptuno, respectivamente.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Todos nós temos os doze signos no nosso mapa astrológico, independente do dia em que nascemos. Cada um deles fornece um conceito para a vida prática e para os planos da psique, representados pelos planetas.<br /><br /></div></span>Prof. FMhttp://www.blogger.com/profile/05112010793883589436noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5350267339268952891.post-18564235226362749632008-08-29T22:31:00.004+01:002008-09-27T00:54:42.152+01:00AO QUE ISTO CHEGOU!<a href="http://3.bp.blogspot.com/_s55XyCRp2Hg/SLht9czPEUI/AAAAAAAAAdU/qrVeur_FzZc/s1600-h/GetAttachment1.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5240059068916109634" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_s55XyCRp2Hg/SLht9czPEUI/AAAAAAAAAdU/qrVeur_FzZc/s400/GetAttachment1.jpg" border="0" /></a> <div><div></div></div>Prof. FMhttp://www.blogger.com/profile/05112010793883589436noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5350267339268952891.post-39938488722475061152008-08-09T00:19:00.001+01:002008-08-09T00:24:15.354+01:00EXAME DE MATEMÁTICA 2009<a href="http://1.bp.blogspot.com/_s55XyCRp2Hg/SJzVKFcmbqI/AAAAAAAAAc8/z6pDLEyU3f4/s1600-h/7c9df546.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5232291236335218338" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_s55XyCRp2Hg/SJzVKFcmbqI/AAAAAAAAAc8/z6pDLEyU3f4/s320/7c9df546.jpg" border="0" /></a> <span style="font-family:arial;">No comments!</span><br /><div></div>Prof. FMhttp://www.blogger.com/profile/05112010793883589436noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5350267339268952891.post-77920479374672012362008-08-05T01:56:00.009+01:002008-10-21T00:53:37.686+01:00PARA REFLECTIR... VALE A PENA VER!<p align="center"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dz8jbzM6DGUR8JIT3bdfNN0br3axzLCtwL05sGK4f7DDvePuQYizP_yTqn8nNkRfDP-ET-PdwYI3_2RKuj6tw' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></p><p><span style="font-family:arial;">Baixar os braços?! Nã!</span></p>Prof. FMhttp://www.blogger.com/profile/05112010793883589436noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5350267339268952891.post-28200186236721978722008-07-12T23:57:00.003+01:002008-07-13T00:08:02.608+01:00INFELIZMENTE NÃO É ANEDOTA...<a href="http://bp0.blogger.com/_s55XyCRp2Hg/SHk5BNupkMI/AAAAAAAAAbY/qHx2FLVLeIY/s1600-h/bacaninha_burro_alvo_sm_wht.gif"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5222267935940776130" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://bp0.blogger.com/_s55XyCRp2Hg/SHk5BNupkMI/AAAAAAAAAbY/qHx2FLVLeIY/s200/bacaninha_burro_alvo_sm_wht.gif" border="0" /></a><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Resposta de um aluno do ensino secundário a uma pergunta sobre a obra dramática de Gil Vicente...</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">«Eu não tenho dúvidas que o Gil Vicente é muito importante, apesar de nunca ter ganhado o campionato de futebol. É importante porque ás vezes ganha ao Benfica, otras ao Sporting e otras ao Porto, tirando a eles o primeiro logar. E também por isto é que a sua obra é dramática porque é um drama para os benfiquistas, os sportinguistas e os portistas quando ganha.»</span></div><div align="right"><span style="font-size:85%;"><em>Público</em>, 11.8.2004</span> </div>Prof. FMhttp://www.blogger.com/profile/05112010793883589436noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5350267339268952891.post-63286496113980010532008-04-07T01:25:00.004+01:002008-07-01T21:50:45.161+01:00O CORVO - Simplesmente Genial<a href="http://bp1.blogger.com/_s55XyCRp2Hg/R_lqqd8B0gI/AAAAAAAAAaQ/OZZLXzSkOXw/s1600-h/corvos1.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5186293723717292546" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://bp1.blogger.com/_s55XyCRp2Hg/R_lqqd8B0gI/AAAAAAAAAaQ/OZZLXzSkOXw/s200/corvos1.jpg" border="0" /></a> <span style="font-family:arial;">Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste,<br />Vagos, curiosos tomos de ciências ancestrais,<br />E já quase adormecia, ouvi o que parecia<br />O som de alguém que batia levemente a meus umbrais<br />«Uma visita», eu me disse, «está batendo a meus umbrais.<br />É só isso e nada mais.»<br /><br />Ah, que bem disso me lembro! Era no frio dezembro,<br />E o fogo, morrendo negro, urdia sombras desiguais.<br />Como eu qu'ria a madrugada, toda a noite aos livros dada<br />P'ra esquecer (em vão) a amada, hoje entre hostes celestiais —<br />Essa cujo nome sabem as hostes celestiais,<br />Mas sem nome aqui jamais!<br />Como, a tremer frio e frouxo, cada reposteiro roxo<br />Me incutia, urdia estranhos terrores nunca antes tais!<br />Mas, a mim mesmo infundindo força, eu ia repetindo,<br />«É uma visita pedindo entrada aqui em meus umbrais;<br />Uma visita tardia pede entrada em meus umbrais.<br />É só isso e nada mais».<br /><br />E, mais forte num instante, já nem tardo ou hesitante,<br />«Senhor», eu disse, «ou senhora, decerto me desculpais;<br />Mas eu ia adormecendo, quando viestes batendo,<br />Tão levemente batendo, batendo por meus umbrais,<br />Que mal ouvi...» E abri largos, franquendo-os, meus umbrais.<br />Noite, noite e nada mais.<br /><br />A treva enorme fitando, fiquei perdido receando,<br />Dúbio e tais sonhos sonhando que os ninguém sonhou iguais.<br />Mas a noite era infinita, a paz profunda e maldita,<br />E a única palavra dita foi um nome cheio de ais —<br />Eu o disse, o nome dela, e o eco disse aos meus ais.<br />Isto só e nada mais.<br /><br />Para dentro estão volvendo, toda a alma em mim ardendo,<br />Não tardou que ouvisse novo som batendo mais e mais.<br />«Por certo», disse eu, «aquela bulha é na minha janela.<br />Vamos ver o que está nela, e o que são estes sinais.»<br />Meu coração se distraía pesquisando estes sinais.<br />«É o vento, e nada mais.»<br /><br />Abri então a vidraça, e eis que, com muita negaça,<br />Entrou grave e nobre um corvo dos bons tempos ancestrais.<br />Não fez nenhum cumprimento, não parou nem um momento,<br />Mas com ar solene e lento pousou sobre meus umbrais,<br />Num alvo busto de Atena que há por sobre meus umbrais.<br />Foi, pousou, e nada mais.<br /><br />E esta ave estranha e escura fez sorrir minha amargura<br />Com o solene decoro de seus ares rituais.<br />«Tens o aspecto tosquiado», disse eu, «mas de nobre e ousado,<br />Ó velho corvo emigrado lá das trevas infernais!<br />Dize-me qual o teu nome lá nas trevas infernais.»<br />Disse-me o corvo, «Nunca mais».<br /><br />Pasmei de ouvir este raro pássaro falar tão claro,<br />Inda que pouco sentido tivessem palavras tais.<br />Mas deve ser concedido que ninguém terá havido<br />Que uma ave tenha tido pousada nos seus umbrais,<br />Ave ou bicho sobre o busto que há por sobre seus umbrais,<br />Com o nome «Nunca mais».<br /><br />Mas o corvo, sobre o busto, nada mais dissera, augusto,<br />Que essa frase, qual se nela a alma lhe ficasse em ais.<br />Nem mais voz nem movimento fez, e eu, em meu pensamento<br />Perdido, murmurei lento, «Amigo, sonhos — mortais<br />Todos — todos lá se foram. Amanhã também te vais».<br />Disse o corvo, «Nunca mais».<br /><br />A alma súbito movida por frase tão bem cabida,<br />«Por certo», disse eu, «são estas vozes usuais.<br />Aprendeu-as de algum dono, que a desgraça e o abandono<br />Seguiram até que o entono da alma se quebrou em ais,<br />E o bordão de desesp'rança de seu canto cheio de ais<br />Era este «Nunca mais».<br /><br />Mas, fazendo inda a ave escura sorrir a minha amargura,<br />Sentei-me defronte dela, do alvo busto e meus umbrais;<br />E, enterrado na cadeira, pensei de muita maneira<br />Que qu'ria esta ave agoureira dos maus tempos ancestrais,<br />Esta ave negra e agoureira dos maus tempos ancestrais,<br />Com aquele «Nunca mais».<br /><br />Comigo isto discorrendo, mas nem sílaba dizendo<br />À ave que na minha alma cravava os olhos fatais,<br />Isto e mais ia cismando, a cabeça reclinando<br />No veludo onde a luz punha vagas sombras desiguais,<br />Naquele veludo onde ela, entre as sombras desiguais,<br />Reclinar-se-á nunca mais!<br /><br />Fez-me então o ar mais denso, como cheio dum incenso<br />Que anjos dessem, cujos leves passos soam musicais.<br />«Maldito!», a mim disse, «deu-te Deus, por anjos concedeu-te<br />O esquecimento; valeu-te. Toma-o, esquece, com teus ais,<br />O nome da que não esqueces, e que faz esses teus ais!»<br />Disse o corvo, «Nunca mais».<br /><br />«Profeta», disse eu, «profeta — ou demónio ou ave preta!<br />Pelo Deus ante quem ambos somos fracos e mortais,<br />Dize a esta alma entristecida se no Éden de outra vida<br />Verá essa hoje perdida entre hostes celestiais,<br />Essa cujo nome sabem as hostes celestiais!»<br />Disse o corvo, «Nunca mais».<br /><br />«Que esse grito nos aparte, ave ou diabo!, eu disse. «Parte!<br />Torna à noite e à tempestade! Torna às trevas infernais!<br />Não deixes pena que ateste a mentira que disseste!<br />Minha solidão me reste! Tira-te de meus umbrais!»<br />Disse o corvo, «Nunca mais».<br /><br />E o corvo, na noite infinda, está ainda, está ainda<br />No alvo busto de Atena que há por sobre os meus umbrais.<br />Seu olhar tem a medonha dor de um demónio que sonha,<br />E a luz lança-lhe a tristonha sombra no chão mais e mais,<br />E a minh'alma dessa sombra, que no chão há mais e mais,<br />Libertar-se-á... nunca mais! </span><br /><span style="font-family:Arial;"></span><br /><span style="font-family:Arial;">Traduzido por Fernando Pessoa do original de <a href="http://www.insite.com.br/art/pessoa/coligidas/trad/theraven.html">Edgar allan Poe</a>.</span>Prof. FMhttp://www.blogger.com/profile/05112010793883589436noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5350267339268952891.post-58669199617904507242008-04-03T16:44:00.003+01:002008-04-03T17:47:10.069+01:00PARA PENSAR...<p align="center"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dyM3twBXYAgPVYrOAJHKxa6g6n-OLH-SZ1vSal_kNOJZ2omeSnpb9CyY-0F3zzaOHYVg9TOm-vch34enhfYSg' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></p>Prof. FMhttp://www.blogger.com/profile/05112010793883589436noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5350267339268952891.post-54155991481135514812008-02-27T23:11:00.007+00:002008-07-01T21:51:32.827+01:00Simbologias...<p align="justify"><span style="font-family:arial;"><a href="http://bp2.blogger.com/_s55XyCRp2Hg/R8X0SQfuRnI/AAAAAAAAAaI/pJgVe0PzE8I/s1600-h/Swansmall.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5171808341607728754" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://bp2.blogger.com/_s55XyCRp2Hg/R8X0SQfuRnI/AAAAAAAAAaI/pJgVe0PzE8I/s200/Swansmall.jpg" border="0" /></a>Reza a lenda de que os cisnes emitiriam o seu mais mavioso canto antes de falecer. </span></p><ul><li><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Nada “científico” se descobriu a este respeito. No entanto, costuma dizer-se que em todas as lendas, existe um fundo de verdade.</span></div></li></ul><div align="justify"><span style="font-family:arial;">O cisne é símbolo de pureza e é também mediador entre a terra e o céu. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span></div><div align="center"><span style="font-family:arial;">O Belo como prenúncio do Fim...<br /></div></span>Prof. FMhttp://www.blogger.com/profile/05112010793883589436noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5350267339268952891.post-65829729971623738072008-02-27T01:07:00.007+00:002008-09-27T01:00:17.170+01:00O BICHO HOMEM É ASSIM...<a href="http://bp1.blogger.com/_s55XyCRp2Hg/R8S6MQfuRmI/AAAAAAAAAZ8/MD2h36QI55o/s1600-h/54244012_4942ee4334.jpg"></a><span style="font-family:arial;">A porta da verdade estava aberta,</span> <a href="http://bp1.blogger.com/_s55XyCRp2Hg/R8S6MQfuRmI/AAAAAAAAAZ8/MD2h36QI55o/s1600-h/54244012_4942ee4334.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5171462991877391970" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" height="172" alt="" src="http://bp1.blogger.com/_s55XyCRp2Hg/R8S6MQfuRmI/AAAAAAAAAZ8/MD2h36QI55o/s320/54244012_4942ee4334.jpg" width="185" border="0" /></a> <div><span style="font-family:arial;">mas só permitia passar</span></div><div><span style="font-family:arial;">meia pessoa de cada vez.</span></div><br /><div><br /><span style="font-family:arial;">Assim não era possível atingir toda a verdade,</span></div><div><span style="font-family:arial;">Porque a meia pessoa que entrava</span></div><div><span style="font-family:arial;">Só trazia o perfil de meia verdade.</span></div><div><span style="font-family:arial;">E sua segunda metade</span></div><div><span style="font-family:arial;">Voltava igualmente com meio perfil.</span></div><div><span style="font-family:arial;">E os meios perfis não coincidiam.</span></div><br /><div><br /><span style="font-family:arial;">Arrebentaram a porta. </span></div><div><span style="font-family:arial;">Derrubaram a porta.</span></div><div><span style="font-family:arial;">Chegaram ao lugar luminoso</span></div><div><span style="font-family:arial;">onde a verdade esplendia seus fogos.</span></div><div><span style="font-family:arial;">Era dividida em metades</span></div><div><span style="font-family:arial;">diferentes uma da outra.</span></div><br /><div><br /><span style="font-family:arial;">Chegou-se a discutir qual a verdade mais bela.</span></div><div><span style="font-family:arial;">Nenhuma das duas era totalmente bela.</span></div><div><span style="font-family:arial;">E carecia optar. </span></div><div><span style="font-family:arial;color:#000099;"><strong>Cada um optou conforme seu capricho, sua ilusão, sua miopia.</strong></span></div><br /><div><strong><span style="font-family:Arial;color:#000099;"></span></strong></div><br /><div align="right"><strong><span style="font-family:Arial;font-size:85%;color:#000000;">Carlos Drummond de Andrade</span></strong></div>Prof. FMhttp://www.blogger.com/profile/05112010793883589436noreply@blogger.com0